É para ti que escrevo...

"Sussurros imaginários
Que passeiam e deambulam
Pelos cantos vazios e escuros
Do meu quarto…
É o eco da tua voz
Que me mantém este sorriso louco
E feliz na face…
Vã e insólita
É a esperança de te ter finalmente
Em meus braços…
Até quando vai a ilusão
Deste amor impossível
Assombrar as minhas noites
E fazer-me evocar o teu nome
Com ansiedade?
Oh mente doentia, a minha!
Por mais que saiba
Que nunca te vou ter,
És tu, meu doce Anjo,
Quem, eternamente, eu vou querer…"

Karl Goth

É triste quando nos sentimos tão perto, a uma distância tão curta e não conseguimos agarrar o nosso sonho!É triste quando as palavras que não podem ser ditas nos arranham a garganta e nos magoam o peito...
Escrevo na impossibilidade de falar, de gritar ao mundo o que sinto neste momento. Esse sentimento que me tira o sono, que me faz sorrir e chorar, esse sentimento imenso que me completa, que me faz querer viver, que me faz querer lutar e me dá forças para continuar!
Passeio sozinha pela rua, está frio, está escuro...levo apenas o vento das palavras e restos de música, levo poemas soltos e beijos salgados que nunca chegamos a dar...levo um coração e uma alma que querem estar noutro lugar...e vou...sigo noite dentro na esperança vã de te encontrar ao virar de uma qualquer esquina, de ver te passar ao longe...ver te...como te vejo ao olhar me ao espelho...
sigo levando dentro de mim o que já foi semente de um grande amor e que agora é uma grande árvore de raízes profundas...sigo levando a certeza de que és e continuarás a ser...o meu amor impossível...aquele que me parte ao meio e cola em mim...a minha metade perfeita...

sigo levando te comigo...a cada passo...a cada gesto...a cada palavra...a cada esforço para respirar...